sábado, 27 de dezembro de 2008

Destino Amargo

Estive todo o tempo á tua espera
Mas, por um engano, tu não apareces-te
Foi teu medo ou meu
De ver que a ilusão iria se desfazer?

Não sei onde estás agora
Além de dentro de meus pensamentos...
Nada mais sei de ti
Ainda te lembras de mim?

És recordação que se apaga lentamente
Mas, se naquele dia aparecesses
Hoje não andarias perdida
Talvez hoje eu não sofresse com essa dor

Tudo Seria diferente
Mas o destino quis que não viesses para meus braços
Vives para sempre no meu sonho
Enquanto sofro nesta amarga realidade


(Participação de Alquimista)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Toque de Cortesia

Para te beijar com quentura
Despojar.te de tuas vestes
Seduzir-te de desejo
Matar a tua sede

Andar no teu corpo
Aconchegar-me no teu regaço
Aprender a conhecer-te
Lembrar teu grito

Beijar teu amor
Tocar tua alma
Fazer rascunhos de cortesia
Enamorar teu coração

Reescrever teu caminho
Querer me perder
Em teu corpo que é meu
Serás tu apenas sonho?

Leme de Horizontes

Descobri horizontes dentro de mim
Desvendei trilhos no meu ser
Inventei o meu percurso
Terminei o que comecei

Juntei reflexões e visões
Tripulei o meu leme
Cheguei hoje perto de ti
Com fervor te beijei

Iluminei o teu leito
Com meiguice e inquietude
Pereci sozinho sem ti
Neste tempo de desespero

Corri e me perdi
Em teu beijo me reencontrei...
És fruto de meu texto?
Ou existe ser como tu?

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Volúpia

Ansiei tal calor
Senti teu fervor
Teu corpo pedindo o toque
Teu beijo desejando minha boca

Teu sorriso de prazer
Teu gemido de agonia
Teu suor escorrendo por tuas costas
Teu olhar suplicando de tremor

Desejo está vivo em tuas formas
Meu toque te faz meretriz
Meu ardor juntando com o teu
Desespero de paixão ofegante

Sede de ter meu desejo no teu ser
Movimentos de me perder contigo
Loucura de libertar clímax
Em uma hora de despudor

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Folheto de Encantamento

Andei de coração descalço
Namorei o vazio
Até te encontrar

Pereci no abandono da escuridão
Anunciei ao mundo todo meu querer
Única é tua beleza de princesa
Lugar algum existe mulher como tu
Alento teu olhar me oferece

Atenção tua alma me pede
Luz tu me suplicas
Vontade de me tocar tens
Esperança de um dia me beijares
Só em loucura esse dia chegará

Somente tuas palavras resistem
Imensidão de receio se opõe
Lagos cheios de lágrimas derramadas
Verdades nelas correm
Assim como meu sangue corre por ti

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Amor Bandido

Paciência desistente
Numa procura insistente
Da alegria ardente
Que em meu coração é existente

No tempo escondido
Em tempo perdido
Dentro do amor fugido
Ao olhar mendigo

Do argumento vendido
Da desculpa de perdido
Em papel ardido
Nestas palavras de amor bandido

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mão Fria

Nesta altura nada sei
Penso que dizer
Lembro que passei
Não consigo escrever

As frases fogem
As letras não encontro
As palavras se escondem
As linhas não deslumbro

A tinta não escreve
A caneta está vazia
O papel não descreve
A mão está fria

A alma pede magia
O coração pede calor
O desejo arrepia
Em mim há Amor

Rascunhos de Memorias

Vivo de sonhos
Que inevitavelmente me vão magoar
Neste caminho de batalha
Resisto no abrigo da minha alma

Que está sedenta de carinhos
Por não ter alguém para amar
Tal como um celeiro sem palha
É meu coração que te chama

Em meu corpo vivem os teus rascunhos
Como a dor que me está a matar
Vivemos em uma distância tamanha
Que sou apenas uma memória que queima

Beijo de Emoção

Inspiração na mágoa
De te ter perdido
Coração em pedaços
Na hora da humilhação
Paixão de loucura
Quando te beijei de emoção

Foste a imagem da minha desilusão
Continuas a ser a menina que conheci
Apenas o tempo passou
Eu é que já lá não estou

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Começo Sem Sentido

Começo sem sentido
Sobre o que não sei escrever
Escrevo sem saber
Num fim sem perceber
Onde vou entender
Talvez no fim do mundo
No fundo do universo
No buraco negro da vida
Ou então será da morte
Paixão de coração
Emoção de perdição
Pensamento vazio
Agora uma branca me passou
Não sei o que sentir para emergir
Das profundezas do meu ser
Alma para vencer
Visão para estremecer
O sonho sem querer
A vontade de te ter
Penso sem ver nada
Viajo pelo submundo
Do outro lado da vida
Vida vazia
Sem vontade aprendida
Palavras de mentira
Verdade queimada
Frio no sentimento
Na vontade
Na verdade
Aprender sem ler
Saber para contar
Noite
Dia
Tarde
Manha
Vida morte
Sem espírito
Sem nada
Com tudo
Vou perder-me
Na ilusão
Do sentido
Sem saber

Encanto de Fogo

És fogo que me queima a alma
És chama que me cega de desejo
És veneno que me corre nas veias
És perdição disfarçada de sedução
És encanto que me gela o corpo
És agua de cristal que me aprisiona a ti
És a minha treva dissipada
És luz nublada em meu coração
És suspiro…

Pó de Um Sonho

Tive um sonho no qual não existia
Era pó de cinzas...
Fui um fogo que se apagou
Das lágrimas que derramei...
A vida fugiu
No dia que vi meu reflexo,
Reflexo que não tinha imagem
Era um jovem velho
Com apenas um sonho...
Teve a sua graça
Ate que acordei
Sabem o que vi?
Vi que não era sonho
Vi que afinal era realidade

Ódio Infernal

Ódio infernal
Vontade de destruir
Vontade de matar
Destruição por prazer
Prazer de odiar
Fim dos tempos
Fim do mundo
Perdição na terra
Morte
Guerra
Destruição
Ódio
Risos infernais
Vindos do submundo
Submundo que apodera
Do mundo
De nossas vidas
Por vontades estúpidas
Por pessoas estúpidas
Por odiar
Por vontade de destruir
Ordem dos infernos
Infernos odiosos
De sangue
De vazio
Vazio repleto de ódio
Pelo império do mal
Império de cavaleiros
Demónios negros
Como o vazio do ódio
Apocalipse a chegar
Pensamento de paz
Que não chega
Porque o império governa
Governa para destruir
Com anarquia
Voltando para o ódio
Ódio imposto pelo príncipe
Príncipe das trevas
Trevas repletas de vazio
Vazio que está a chegar
A chegar ao mundo
Que está no fim
Fim da falta de amor
Amor que está a acabar
Acabar nas trevas
Trevas de ódio infernal

Lágrimas de Fogo

Te acho numa sombra da lua
Envolvida em lágrimas de fogo,
És o desejo que queima em minhas mãos...
Tua pele de seda me chama...
Teu olhar me envolve em sedução...
Pedes-me com paixão
Que te mate de tentação,
Teus lábios me consomem de ardor...
És um sonho
Que no dia de hoje me assombra.
Te esqueci
E me lembro
De ti…..

Rosa Inocente

Recebe esta rosa
Sem folhas e espinhos
De tão bela e formosa
Juntou nossos caminhos

Meu coração é fraco
De tão grande tua beleza
Amor dentro dele eu trago
Permite-me ser tua fraqueza

O jardim cresce
O tempo passa
A dor na nossa vida aparece
E a lança da esperança trespassa

Vivemos a sonhar
Cria-mos ilusões
Aprende-mos a amar
Com mil desilusões.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Fogo de Desejo

És uma estrela que não queima
Existes na simplicidade do amor
Amor que te magoa sem querer

Existes para dar cor ao meu ser
És deusa em forma de mulher
Teu encanto segreda no meu coração
Teu segredo está guardado no teu olhar

Teus olhos são fogo de desejo
Que nunca vi
Vives no meu sonho
Que não existe
Apenas a dor vive comigo

Palavras Ocas

Ouvi a história nas entre-linhas
Da vida de um ser
Que ignorado inspira
Que dá vida as palavras ocas
Esquecidas pelo tempo que morre

Em tempos esse ser
Das frases incompreendidas
Era força pura
Actualmente
Nada tem e tudo teme

Esse ser é paz
Quando não tem a dor
De uma pedra em brasa no coração
Esse ser sou Eu
Que já morreu para a história

Amor Esquecido

És tempo vivido
No mundo apagado
No pensamento ardido
Do rosto usado

Tens olhar perdido
Palavras que são vazias
Num amor esquecido
Que restou as feridas
Em um ser caído

És recordação
Do tempo terminado
Outrora de paixão
Agora de passado

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Almas Perdidas

Almas desertas de sentimentos
Seres perdidos na escuridão
Abismos de solidão inerentes
Paixão das poesias escritas
Nestas noites de pura dedicação
Ao abandono da mente
Mágoas descritas nas cartas
Que escrevo para vós
Povo mal amado das ruas
Que com olhar pede auxilio
Corações de gelo como esta brisa
Que em meu rosto se deita
Vós feudais com sentimentos de fel
Sois hipócritas senhores doutores
Para estes pobres sonhadores
Que sofrem por desgosto
Sem ajuda…
Apenas perdidos no mundo…

Esperança no Amanhecer

Vidas de exclusão
Perdidas na solidão
Ténue aceitação
Neste olhar sofredor
Sem lar acolhedor
Num mundo moribundo
Sedento de compaixão
Dos pequenos esquecidos
Perdidos e caídos
Apagados e estarrecidos
Que pelas ruas vagueiam
Mendigando uma atenção
Em nossos corações desprovidos
De doçura e ternura
Abandono que perdura
Em vossos olhares de amargura
Num suspiro de agonia
Sem esperança num novo dia
De felicidade e alegria
Que existem em meu coração
Num sonho de ilusão
Em um novo amanhecer

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Abraço da Solidão

Nasce o dia na minha janela
Observo a solidão a abraçar-me
Não tem forma
Não tem aparência
Apenas existe

Vagueia por entre nossas vidas
Que não existem
Tem aparência de vida
Mas não são vida
São morte

Somos nós que a criamos
A nossa própria solidão
A nossa angustia

Sou um homem apenas
Que da noite vive
Assombrado pelas letras
Letras como estas

Solidão…

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O Natal!

Noite de frio
Com o calor de paz
Nasce o dia de amor
Com ternura no olhar
Do Menino que aqui chegou
P’ra deixar Seu carinho
Na noite da esperança
Aqui me encontrou
Neste dia de paixão
Em que todos recordam o nascimento
Da mais bela historia de encantar
Nossos corações humanos
Sedentos dessa alegria
Que esse dia nos dá
O Natal!

Histórias Que Ouvi

Saudade de um passado
Vivido na imaginação
Num tempo acabado
Nas imagens da emoção

Nunca gravado
Apenas na ilusão
Num olhar suspirado
De um desejo do coração

Um tempo que não vivi
Penso na vida da altura
No que perdi
Pois algo perdura

Nas histórias que ouvi
Era vida dura
Agradeço pelo que aprendi
Para não ter amargura

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Cruz de Amor

És imensidão neste planalto
Deslumbro coisas bonitas
Nesta visão do alto
Observo rias infinitas

És vale de luz
Neste tempo de tremor
Iluminas da cruz
Com todo o Teu amor

Caminhas ao meu lado
Para onde vou
Estou ao teu cuidado
Sem ti nada sou

Falas ao meu coração
Palavras de bondade
Apelas com emoção
Meu dom de fraternidade