sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Eclipse Tumular

Começo por escrever
Palavras esquecidas
Levadas, tomadas, tumuladas...
Nuas como as ruas
Da minha alma
Continuo a escrever
Letras escuras
Frias, cruas, vazias...
Puras como as brumas
Do meu espírito
Acabo a escrever
Caracteres desconhecidos
Esvaídos, caídos, eclipsados...
Punhais como os raios
Das tempestades do meu coração

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Amizades Perdidas

Amizades perdidas
Destruídas pela dor
Uma dor sem explicar
Porque apareceu
Sem ninguém querer
Esse alguém que já gostei
Por ser especial
Que em minha vida apareceu
Para me fazer feliz
Que agora é tristeza
É dor..
Porque os sentimentos existem
Sem saber de onde vem
Quem são esses apreendidos
Em cada coração de dor
Agora vazio
Outrora repleto de bondade
Agora desgostoso por ter gostado
Um passado de amizade
Que quero manter para não sofrer
Para não destruir o construído
Um futuro de dor
Que agora é frágil como cristal
Que é pura como tu
Meu grande amigo…

O Pássaro

Em cada dia acordava cedo.
Voava todos os dias ao vento
Cada manhã partia com medo.
Ao vê-lo sair a casa ficava de pranto.

Ás doze voltava ao leito
sempre, cansado de voar
abraçava os pequenos contra o peito
saindo apressado para trabalhar.

Um dia, sempre igual.
Ao voltar a casa, parou
travou uma batalha quase sem final.
O caçador no combate ganhou…

Fogo Ardente

Fogo ardente
Escaldante e cadente
Brilhante e incandescente
Com o sol abrangente

Estrela do céu
Deusa na terra
Amor na alma
Vida no ser

Espelha no riacho
Brilha na onda marinha
Queima na arei desértica
Ser iluminado da noite

És senhora da noite
Energia invisível
És força e mistério
És tu minha deusa

A senhora mística
Amante do oposto
Negra e bela
Como a noite estrelada

Venerada e adorada
Por povos desaparecidos
Á muito esquecidos
Sempre lembrados em ti

Letras que falam por si
Musicas encantados para ti
Enfeitiçadas com teu olhar
Tu minha bela adormecida

A ti quero ter
Pois a ti amo
Desde que existo
És tu a minha lua

Reencontro de Letras

Inspiração perdida
Imaginação despida
Despida da carne
Sentida na pele
Pele que rasga
Que suplica
Que desvanece
Agonizo no escuro
No recanto da minha mente
No canto de um espanto
Espanto que me sufoca
Que imortaliza
Como os contos de fadas
Lendas e mitos
Assustadores, reprovadores
Ensanguentadores das ruas da alma
Almas que são perdidas
Como a minha inspiração
Que afinal
Ainda reside em mim

Melodia Dançante

Melodia dançante
Dançante ao fogo
Fogo que arde por dentro
Dentro do teu corpo
Corpo que escalda
Escalda quando lhe toco
Toco com suavidade
Suavidade como o teu beijo
Beijo deslizante
Deslizante como o desejo
Desejo que te tenho
Tenho em minha alma
Alma que vive
Vive para te olhar
Olhar o fogo
Fogo que vem da terra
Terra onde andas
Andas para o meu coração
Coração que palpita
Palpita de vontade
Vontade de te seduzir
Seduzir para te amar
Amar para sempre
Sempre viver
Viver para querer
Querer para te ter
Ter para tremer
Treme de medo
Medo de te perder
Perder para odiar
Odiar de choro
Choro por estares longe
Longe para sentir
Sentir para estar perto
Perto do ser
Ser que és tu
Tu que encantas
Encantas por seres verdadeira
Verdadeira como a lua
Lua que te vigia
Vigia para eu não te perder
Perder por duvidar
Duvidar por temer
Temer por te querer
Querer como ninguém
Ninguém para beijar
Beijar a tua boca
Boca que a mim pertence
Pertence por direito
Direito de procurar
Procurar para desvendar
Desvendar para ensinar
Ensinar para aprender
Aprender em teu corpo
Corpo que quero adorar
Adorar por desejar
Desejar por queimar
Queimar por dentro
Dentro do meu peito
Peito para te amparar
Amparar das quedas
Quedas que a vida provoca
Provoca para caíres
Caíres em meus braços
Braços que te querem
Querem abraçar
Abraçar no fim
Fim do mundo
Mundo que não é meu
Meu poema
Poema que é para ti

Poema Feito na Noite

Poema feito na noite
Noite vazia
Fria
Sem nada para fazer
Fazer do nada
Como o amor
Vindo do nada
Com tudo
Amor do frio
Para aquecer
Os corpos
As almas
Alma perdida
Pela noite fria
Escura
Plena de vazio
Com iluminação
Das estrelas
Da lua
Senhora da noite
Amante do dia
Do sol
Do tudo
Vinda do nada
Para amar
Para perder
Para querer
Vencer o nada
Com o tudo
Do amor
Amor perdido
Perdido de loucura
Loucura do vazio
O vazio do nada
Da noite
Escura
Fria
Vazia
Sozinha
Sozinha com o amor
Perdido
Que a lua te deu
Por te amar
Por te gelar
Para te iluminar
Iluminar o vazio
Vazio de tudo
Tudo da noite

domingo, 29 de novembro de 2009

Sol da Alma

Esta a dar sol na minha alma
Esta dia no meu coração
O azul do céu traz-te ate mim
Esta vento frio na rua da minha vida
Sinto calmaria no ar que respiro
Suspiro pelo beijo distante que é o teu

Sonhos Intermináveis

Sonhos imagináveis
Passagens sem ligações
Viagens pelo imaginável
Portas encerradas
No inconsciente da mente
Mente sem perfeição
Perfeição no vazio
O tudo sem se ver
Visão no horizonte
Horizontes insondáveis
Saudações do desconhecido
Conhecimento sem aprendizagem
Aprender sem conhecer
No mundo dos sonhos
Sonhos de desespero
Desespero de não te ter
Vontade de sentir
Sentimento descrito
Escrito sem letras
Nos poemas que escrevo para ti
O viver para sonhar contigo
Imagino o que tivemos
Com vontade do que vamos ter
A saudade de tudo que existe
Nos sonhos, nos horizontes
Nas visões do passado
Completando o futuro
No presente que vivemos eu e tu
Nós dois e a vida
Vida para alem da morte
Morte invisível
Invisível como o amor
Sentido mas desaparecido
Desaparecido mas existente
Existente em meu coração
No sonho da ilusão
Ilusão com verdade
Na mentira do vazio
Vazio de tudo que tivemos
Tudo que ainda não vivemos

Saudade e Mágoa

Saudade é dor de não ter os teus olhos
A olhar os meus
Saudade é mágoa de um beijo perdido
No tempo
Saudade é traição de um coração
Que nos abandonou
Saudade é o vazio da alma
De quando somos esquecidos
Saudade és tu...

Quem Me Vê?

Estou na solidão do mundo
Todos por mim passam
Ninguém me vê
Estou esquecido nas profundezas da dor
Da mágoa que me fere de morte
Fecho meus olhos
E meu coração me fala
Haverá um anjo que me salve?
Sabem eu choro e sofro…
Será que me vêem agora?

Alma de Sangramento

Minha alma sangra
Nesta noite de escuridão
Vagueio pelas entrelinhas
Da solidão
Escuto o batimento
Do meu coração
Nada me tem para dar
A não ser compaixão
Hoje é dia de plena admiração
Noite em que o nome dos mártires ecoarão

sábado, 28 de novembro de 2009

Caminho Sobre Letras

Caminho sobre letras
Letras que saem da tinta
Tinta que ganha vida própria
Vida que tu vives
Que vives com magia
Magia que fazes quando escreves
Escreves o que a mente dita
Mente que existe através de ti
Através das letras
Da tinta
Da poesia
Poesia que vive dentro de ti
No teu sangue
Sangue da vida
Sangue do amor
Amor que existe
Nas letras que escreves
E volta a escrever
Escrever para viver
Viver na solidão
Solidão escolhida pelas letras
Pelas letras que a tinta vive
Tinta que escreve
Com vontade
Com verdade
Com o saber dos sábios
Sábios que agora vivem
Através das letras
Escritas nos livros
Livros com vida própria
Pela tinta que escreve
No silêncio
Sem leitores
Fim destinado
Dos livros
Das letras
Dos sábios
Desaparecidos
Morte de tudo
De tudo que lês
No silêncio

Tempestade de Amor

Sonho acordado,
em ser feliz neste mundo
esquecido no universo.
Esqueço quem sou,
quando observo o meu reflexo
na água da chuva.
Desejo encontrar-te nesta vida de tempestade,
neste mar bravo
em que meu espírito se encontra.
Não tentes achar o amor
se não sabes como cuidar dele,
pois se aprendeste a cuidar,
ele, o amor
acha-te sozinho.

sábado, 21 de novembro de 2009

Eu

Suave me escorre a lágrima pelo rosto,
na dor do arrependimento,
me esqueço de ti.
Enquanto cai a noite,
eu lembro do que fui,
não sou o que desejei para esta vida,
mas gosto no que me tornei.
Eu

Lágrimas de Fogo

Te acho numa sombra da lua,
envolvida em lágrimas de fogo.
És o desejo que queima em minhas mãos,
tua pele de seda me chama.
Teu olhar me envolve em sedução,
pedes-me com paixão,
que te mate de tentação.
Teus lábios,me consomem de ardor,
és um sonho,
que no dia de hoje me assombra.
Te esqueci
e me lembro
de ti…..

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Combate no Silêncio

Acalma-te alma de dor,
teu sentimento me magoa,
carregas a tristeza de mil anos,
combates no silêncio por alegria,
agonizas no canto do mundo,
és esquecida nos dias de vida,
lembrada nos dias de morte.
Caminhas com paciência nas trevas,
até um dia,
receberes a dádiva da luz.

sábado, 24 de outubro de 2009

No Meu Coração

Achei que estarias sempre comigo
Eras, com quem contava.
Foste quem me ensinou,
foste quem me apoiou,
resta agora a tua sombra.
A tua saudade,
em mim ficou.
Guardo o que me deste,
no meu coração.
Sei que me proteges
de onde estás.
Obrigado
e até sempre…..

Gotas da Madrugada

É madrugada e chove.
Escuto as gotas na janela,
são lágrimas do Céu
que no vidro chocam.
Estou triste, e só...
quem me ouve?
Ninguém...
Chamo...
Quem responde?
Ninguém...
Divago nas letras frias,
ocas e sem cor...
Não sei quem me lê,
mas a ti, clamo...
Ouve-me!!!

Um Impossível

Escrevo estas letras
para que um dia as leias.
São escritas com verdade
pelo que sinto.
Espero que entendas
o que te quero dizer,
com actos simples
que te mostro.
Apenas és o que procurei
durante toda a minha vida.
Serás tu o meu impossível?

Escrevo para Vocês

Regresso ao passado,
memórias que vivem em mim.
Sou feliz em lembranças
coisas da minha história
de um tempo alcançado,
nesta vida de sonho
sobre a qual escrevo pra vocês.
Peço-vos com ternura
que não tenham medo,
simplesmente sejam felizes!!!

Sem Teu Olhar

O que me importa
Se aqui não estás
Saís-te pela porta
Deixaste-me para trás

Corri pelo mundo
Para te encontrar
Fiquei perdido
Sem teu olhar

Chove na janela
São minhas lágrimas
Meu coração que apela
Esse olhar de chamas

Vivo sem ti
Neste mundo
Ando por aqui
Perdido no fundo

Te pedi perdão
Mas te foste
Partiste meu coração
Para longe fugis-te

domingo, 18 de outubro de 2009

Janela de Um Ser

Encontrei-te ó bela donzela
Tu que choras á janela
És bela como o brilho da lua
De onde vens tu?

Deverás ser imaginação
Uma partida da mente
Um desejo do espírito
Uma visão da solidão

Ó dor do peito
Porque me rasgas a pele?
Que prazer tens tu na dor?
Minhas penosas lágrimas...

Um dia serás real
Outrora nem te conhecia
Hoje anseio por ti
Hoje amo-te sem saber

Lágrimas de Dor

Sinto dor no vazio
O silêncio é a minha companhia
O amor é insensível comigo
A solidão vai-me matando

Não sei porque hoje me abati
Sei que sofro só
Tudo se repete dia a dia
O caminho da minha vida é oco

Lentamente me apago
Só as lágrimas me fazem viva
Como cheguei aqui sem ti
Ainda me pergunto hoje

Angustio-me por não te tocar
Sofro por te ter longe
Não sei quando vai acabar
Espero que acabe na tua vida

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Treva na Luz

Quem pensas que és?!
Não és o que parece...
És o que mostras no olhar,
esse olhar que mata de dor...
És treva na luz,
na tua escuridão
pensas ser a luz...
Esqueces que o amor vence!
Que no fim, és uma prisão...
Uma jaula que é de ferro,
que hoje e agora te digo nestas letras...
Eras um sonho que acabou!

Quem Sou Eu?

Numa tarde chegaste a casa
e tudo era nada.
Foi uma tarde de melancolia
que me disseste quem eras,
eras a minha dor
e o meu renascer.
Contigo, aprendi
o que era mágoa
e também o que é amar.
Perdi a chance de ser feliz,
mas ganhei a oportunidade
de mostrar quem sou.
Conheci-me e dou a conhecer-me
ao meu mundo...
Mundo das letras esquecidas hoje,
mas lembradas amanhã!

Corações de Pedra

Escrevo o que a alma tem
Palavras que sinto,
Descrevo olhares
De vidas sem sentido
Observo o oco do que falam...
São atitudes falsas,
Gente hipócrita!
Com mente suja.
Vivem, mas pouco...
Andam vazios
Com as almas mortas
que o tempo, não cura.
São almas perdidas na vida
Com corações de pedra
E vida de trapos!

História de Ontem

Foi sonho no início
tudo devia estar bem
havia que fazer sacrifício
mas isso, foi ontem.

Hoje, és memória
que apenas recordo,
És parte da minha história
assunto que não abordo...

O que existiu
Não mais há...
Tudo me feriu
Já não te sinto cá!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Quero-te ter ...

Quero ter teu olhar
Quero ter tua mão
Quero ter teu cheiro
Quero ter teu suspiro

Quero ter teu desejo
Quero ter teu beijo
Quero ter teu sussurro
Quero ter teu corpo

Quero ter teu amor
Quero ter tua atenção
Quero ter teu carinho
Quero ter tua vida

Quero ter tua alma
Quero ter tua língua
Quero ter tua lágrima
Quero ter teu abraço

Luz da Noite

Dia de luz
Nas minhas trevas
Tenho brilho fugaz
Quando meu coração levas

Foi tudo bonito
Eu e tu nesse tempo
Hoje só eu deixo escrito
Minha vida de trapo

Já vai longe
Este dia de choro
Sou como a esfinge
Velho mas perduro

Posso ser um triste
Que até me abandonem
Não sou é traste
E não deixo que me humilhem

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Feitiço de Princesa

Corre o silencio
Caí no vazio
Esquece o passado
Imagina o presente

Cria teu caminho
Anda ate mim
Sê minha hoje
Faz-te minha princesa

Passeia teu olhar
Sê deusa inventada
Enfeitiça com teu corpo
Dislumbra com teu beijo

É noite de paixão
É madrugada de loucura
És a estrela que me ilumina
És a mulher que para mim nasceu

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Brisa do Deserto

É um amor que me rói
Que me dói
Que me esquenta
Que me sustenta

Que me fere
Que faz que eu espere
Que ela me ame
Tanto como que eu clame

Até escrever me faz
Mesmo quando perco a paz
No meio de duvidas
De palavras estúpidas

Medito em teu querer
Tenho de te aprender
Como brisa no deserto
Quero-te perto

domingo, 19 de julho de 2009

Porta de Mudança

Chego á tua porta
Mas não estás
Corre o vento que corta,
Preciso das tuas festas

Chamo por ti!
Só o silêncio responde
Não estás aqui.
Parto antes que a dor me tome

O tempo passou.
De ti me esqueci
Tudo acabou.
Mas eu renasci!!!

Sonho Perfeito

Sonho perfeito
Que existe em nossas mentes
Mentes imperfeitas
Que estupidamente a querem aperfeiçoar
Quando a perfeição
Ira implicar a morte
Dos sonhos
Da vida de pureza
Que um dia existiu
Enquanto as trevas estavam no inicio
Da guerra
Da perdição
Pela ambição da perfeição
Perfeição que só existe
Quando uma alma atinge
Plenitude máxima
A morte…
Sonhos irreais
Que a mente procura
Em zonas erradas,
Na periferia da Luz
Que tanto a escuridão
Quer destruir pela própria mente
Pelo inconsciente que ninguém presta atenção
Pois talvez aí
O segredo que tanto se procura
Pela perfeição eterna
Da mente e do corpo
Talvez esteja aí o corpo celestial
Que ninguém quer atingir por medo
Medo de atingir a perfeição tão desejada
Perfeição que ninguém vai atingir
Pois as trevas não deixarão
Pois as trevas destruírão
Mas no fim chegara o sonho
Da perfeição da mente e do corpo
Pois as estrelas
Mostraram o caminho
Como me mostraram
Minha perfeição
Tão procurada
Ainda não atingida
Pois ainda vivo
Para escrever este poema
Que um dia será lido
Por ti e para ti

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Encantamento Tenebroso

Esta é a noite de sofrer
Hoje é um dia de conhecimento
Nesta hora é por querer saber
Quem és tu nessa bruma

Chegas-te de longe
Aqui te apresentas
És sombra saída de onde
No meu mundo cheio de fendas

Suspeito este encontro
Caído no meu caminho
Estava tudo pronto
Para este carinho

Aqui estamos os dois
Neste pedaço de terra
Mentes indecisas pois
Neste dia de guerra

terça-feira, 7 de julho de 2009

Solidão Dolorosa

Meu coração chora
Mas meu olhar disfarça
Meu coração suplica
Mas meu olhar desiste
Minha alma suspira de agonia
Mas meu pensamento vagueia
Nas ruas da amargura
Nas velas derretidas
Nas pedras da calçada
Caminha pelos trilhos
Os pés de um vagabundo
Que em suas entranhas sofre
Mas que espera um novo dia
Para o coração entregar
Num eterno ardor
De calor e dor
Que no passado foi esplendor
Mas que hoje é a sombra de um sonho
Sonho imaginado
Mas não acabado
Destruído pelo vazio
Numa ira silenciosa
Perdida e tenebrosa
Ardida e gélida
No pedido de amor
Que apela por desprezo
Ao meu coração que só deseja o impossível
De quem tem e não pode
Que eu adoro
Por quem eu choro
A quem eu imploro…

sábado, 4 de julho de 2009

Perto de Mim Mesmo

Sabes meu pedaço de papel
Só a ti tenho perto de mim
Tudo o resto já partiu
Restou a minha mente

Já não sei quem sou
Quem vi no espelho não me reflecte
A criança que vi não sou eu
Restou o mesmo olhar desolado

Perdi meu passo
Morri nas cinzas da vida
O tempo me foge dos dedos
Estou na noite mas vejo luz

Ela me espera com paciência
Me ilumina o caminho
Para um dia lá chegar
Um dia que será suave pra mim

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Anjo de Luz

Anjo perdido de dor
Resplandecente no intimo do ser
Nas trevas da noite se imortaliza
Em agua gelada do coração
Que palpita a cada gota de sangue

Anjo ardente de fogo
Ser que queima de ardor
Na incerteza do amor
Que na espera desespera
Pela saga do calor prometido

Incerto na hora
Decerto na prova
Outrora mendigada
Que na orla do dia
Teu olhar irei venerar.

domingo, 7 de junho de 2009

Mitos Antigos

Mitos antigos
Sobre a terra desaparecidos
Deuses ardidos
No fogo desaparecido
Ainda vivos nos livros
Em livros da antiguidade
Antiguidade reaparecida
Em sonhos da mente
Mente antiga como os mitos
Tão antiga como os deuses da antiguidade
Deuses outrora grandes
Mas ocultos no inconsciente
Da mente,
Dos sonhos,
Sonhos antigos como a terra
Na terra que tu pisas
Terra que os deuses não pisaram
Deuses ou mitos?
Deuses inventados
Mitos desvendados
Mitos antigos que de novo voltam
De outra forma,
De outra vontade,
Vontade feita no céu
Céu de Deus
Deus que nos fez
Fez da terra,
Do pó,
Para ao pó voltarmos
Tal como os mitos
Mitos aparecidos e desaparecidos
Mitos da mente,
Mitos feitos de pó
Pó da terra que vês no horizonte
Para lá do desconhecido
Desconhecido como os deuses,
Como os mitos,
Deuses feitos do pó
Que para o pó voltaram
Tal como os mitos inventados pelo homem
Que foi feito por Deus.

Beijo Imaginário

Posso ter um beijo?
Nunca para te lembrar
Mas, para nunca esquecer
Que um dia te tive

Será pedir-te muito?
É um favor a um moribundo
Um resgate de um coração
Que por ti se perdeu

Alguma vez te tive mesmo?
Tive em sonhos de impossíveis
Um dia de que não me lembro
Um dia do futuro

Posso te pedir um favor?
Esquece que existi
Nunca te vi querer-me
Só usares-me

Gelo Quebrado

Alma que atormentas
Partiste de mim
Minha dor ficou comigo
Minha angustia me mata

Tu escravizas-me
Choro sangue por ti
Suspiro de morte
Tristeza que me rói

És lágrima de agonia
És ranger d dentes
És meu inferno
Sem ti ando abandonado

Meu olhar gelou
Meu coração quebrou
Tu me derrotas-te
Por terra eu caí

terça-feira, 5 de maio de 2009

Nupcias de Amor

O acto nupcial do amor
É como as ondas do mar
Terno, cheio de calor
Que hipnotiza o olhar

É encantamento da vida
É beleza universal
É luz na noite tardia
É crescimento maternal

Somos fruto de paixão
Uma algazarra de tremor
Um pedido do coração
Um cheiro de pudor

Este dia escrevo de amores
Neste poema de ternura
Tanto de mil fulgores
Como de uma loucura

sábado, 11 de abril de 2009

Andar Apressado

Um dia nasci
Depois aprendi
Em jovem sofri
Quase morri

Observo o passado
Andei apressado
Corri desorientado
Cheguei apaixonado

Escrevo sobre amor
Descrevo a dor
Que me faz pavor
De me perder de rancor

Sonho Acordado

Espero um sinal
Neste dia banal
Não o vejo
Nesta tarde de cortejo

Tarda em aparecer
O que tenho para escrever
Sonho acordado
Sem ter desejado

Encontrei-te no caminho
Com cheiro de rosmaninho
Estive com o olhar perdido
Quando por ti fui esquecido

Desespero...

No fim do dia suspirei….
Cansado, me sentei
E pensei….
Alguma vez irei além do que desejei?
Não tenho coragem de amar
Como no passado já amei
Será que desesperei?

Coração de Aventura

Aparência de paixão
Carência de sexo
Olhar de ilusão
Toque sem nexo

Beijo sem ternura
Palavras nuas
Um coração de aventura
Acções cruas

De uma vida de prazer
Em novo explendida
Hoje a sofrer
Amanhã perdida

domingo, 5 de abril de 2009

Bruma da Manhã

És tormento que me corrói
Imensamente luto pra te esquecer
Encantamento que tiveste
Morreu quando me negas-te

Fui cego na maldição
Nasci no tempo errado
Vim ao mundo pra me traíres
Te conheci num feitiço

Só resta o meu vazio
Sempre estive sozinho
Acreditei na tua alma
Afinal nunca me quiseste

Hoje não quero estar perto
Afasto-me na bruma da manhã
Para o dia que não estarei cá
O dia que vais sentir minha falta

Ferida do Pensamento

Imenso se perde
Tudo se conquista
Pouco nos fortalece
Nada se tolera

Dor que me atormenta
Ferida que não cura
Voz que me chama
Ser que agoniza

Pensamento de desconhecido
Conhecimento do sofrimento
Depressão do olhar
Melancolia do coração

Espera no vazio
Com tudo nas palavras
Escrevo de desespero
Escritos que não importam

sexta-feira, 13 de março de 2009

Novo Olhar

Demasiada dor vejo
Solidão do mundo
Estremece de vazio
Balança de espinho em espinho

Falência das regras
Dançando no meio de cegos
Estipulando loucura
Iniciando rios de mágoa

Repetindo tudo do passado
Ninguém sequer lhe importa
Somos nós que não aprendemos?
Será que querem saber a verdade?

Estamos adormecidos na vida
Hoje é o dia de ver
Tempo de aprender a amar
Tempo de saber o que fazer

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Vida Infame

Não sei mais escrever
Perdi a inspiração
Sinto o vazio em mim
Fico parado a pensar...

Que foi feito do "eu"?
Pelo caminho se perdeu...
Um dia irei encontrar?
Para sempre desapareceu?

Pergunto á vida porquê
Ela fica muda
Nada me diz
Nada me explica

Talvez eu não entenda
Talvez entenda e não queira
Será que alcançarei resposta?
Quem será que ma irá dar?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Feitiço Irrisório

És feitiço no luar
Amaldiçoas teu passado
Corriges o futuro
Mas hoje ainda não existes

Desesperas por verdades
Perdes-te com mentiras
Enlouqueces de prazer
Assumes tua fogueira

Cancelas com o mundo
Assimilas desejo esvaído
Agua de quentura
Gesto de ternura

Foges do tudo
Faleces com um nada
Promoves teu charme
Das-te a quem não vês

Quimera de Guerra

Deixa que te siga
Resiste ate arder
Agoniza de raiva
Recusa como nunca

Liberta teu quimera
Solta teu corpo
Une teu furor
Junta comigo o calor

Foge da tua jaula
Refugia-te em mim
Tortura meu amor
Desprende da realidade

Voa ate ao chão
Pára no meu pensamento
Guerreia contra mim
Deslumbra que és minha

Corrente do Nada

Revejo tudo o que passou
Desejo a tua saudade
Ressinto a tua falta
Beijo o teu vazio

Acautelo-me em tuas palavras
Reajusto o que penso
Celebro a minha agonia
Morro em melancolia

O mundo roda sem mim
O tempo passou por meu coração
Teu afecto me deixou
A tua face se voltou de mim

Recebo o teu desprezo
Amaldiçoas-me, acorrentas-me...
Não me deixas amar-te
Apenas sou teu que não me queres

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Mar de Imaginação

Não conheço quem és
Só nas tuas palavras és mesmo tu
Nestas frases que imprimes
Como se perto estivesses

És imaginação real
Penso com receio de pecar
Serás mesmo como mostras?
Talvez sofra de loucura

Deslumbro cada dia que não vivi
Anseio o tempo que pertenceras
Ter tua mão junto da minha
Sentir que és só minha

Coisas que não digo
Guardo para o dia que te vir
Chegara o tempo de te amar
Hoje so existe distancia

Moribundo da Calçada

Saio pelo mundo tenebroso
Passeio meu olhar pelas sombras
Caminho pelos vales infernais
Paro, penso, suspiro...

Que dor de morte nasce em mim
Que rasga, corta, desfaz...
É a minha alma despedaçada
Sou eu mesmo que morre aos poucos

Desejo apenas o carinho
Tenho ânsia de passar pelo fogo
Vontade de acalentar o teu gosto
Renascer do pó da calçada

Que um dia pisas-te
Passas-te por mim sem me ver
Sou um estranho no teu olhar
Apenas um moribundo da solidão

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Vil e Cruel

Arrasto-me como verme
Caminho pelo vale dos mortos
Trago um corpo moribundo
Desencarno no mar de escuridão

Grito do fundo da alma
Choro sangue de desespero
Trilho no abismo dos vivos
Respiro ar de ferida

Suspiro de terror
Retiro-me para as profundezas
Crio meu leito de dor
Morro de agonia e horror

Despeço a alma que sofre
Torturo o corpo na existência
Despedaço o firmamento oco
Celebro o fim do nada

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O Sol

Ó sol que chegas-te
Brinda-nos com teus raios
Aquece-nos com teu calor
Iluminas nossos caminhos

Das vida aos jardins
Das encanto ao mundo
És o carteiro dos bons dias
O segredor da lua

Cobiças a noite
Mas só o dia é teu
Entras pelas janelas
Trazendo um sorriso

És as sete cores do arco-íris
Quando pela chuvas passas
Por todo dia brilhas
Á noite te deitas

domingo, 4 de janeiro de 2009

Reflexo de Luz

Trevas da alma…
Em vida impostas
De dores, asquerosas
Em tempo que estremece.
O olhar no horizonte,
Na visão do passado, caminhado
Trilhos de sangue deixados…
Feridas chagadas no intimo…
Vertidas de audácia, das brumas…
Que na manhã, me acompanham
De renuncia da não morte.
Onde o brilho do olhar
Impera, para ver a realeza do Alto,
Da esperança, de um amanhã…
Que nos espera, desde o sempre…
E no sempre que supera o nunca
O nunca de provar a mágoa.
Mas, dela rodeados
Ate o fim da existência

Memórias da Noite

Pior dor é na alma
De um simples homem
Que nada quer
Senão ser feliz
Mas que as almas negras
Não o desejam,
Não o permitem,
Apenas nos sonhos intemporais
Serei imensamente feliz
Na hora que meus sonhos forem reais,
Mas nessa hora
Serei um homem desaparecido
No pó,
No vazio,
No esquecimento das mentes
Que outrora me pertenceram
Mas que agora nem vestígios nas memorias,
Pertenço ao mundo
Dos esquecidos,
Dos abandonados,
Dos acabados na solidão
Solidão que mata o ser
Ser que é o meu.

Juventude Perdida

Juventude perdida
Na vida moderna
De perdição e terror
Destruição em frente do olhar
Que um dia foi puro
E agora foi destruído
Pela terra da morte
Morte em vida
Que a ti pertence
Mas que destróis
Por não ter quem te ensine
O caminho para viver
Viver de dor no ser
Que um dia tive
Que pena tenho de ter perdido
Algo de tão especial
Que é a juventude
Que na altura ninguém a quer
Mas depois todos a desejam
Mentes insensatas
Que se destroem
Por um acto
Uma acção impensada
Que os deixam almas penadas
Vazias no olhar
Que um dia foi cheio
De vida
Que agora chega ao fim
Fim da vida
Destruída pela morte
Dum canto negro
Cheio de nada
Nada que um dia foi tudo
Tudo como a juventude
Que agora acaba
Pois envelheceste
E não podes voltar atrás
Pois a tua vida acaba aqui
Sozinho na noite
Como este poema
Que acaba aqui.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Anjo de Loucura

Anjo de luz em terra queimada
Mundo moribundo e vago
Poeta das promessas
Da fornalha da mentira
Alma iluminada por ilusão
De um amanha nunca chegado
Ansiado e desesperado
Em suspiro de desilusão
Na candeia da noite
Da lua das dores
No céu dos perdidos
De olhares apagados
O vazio do amar
Com uma seta a trespassar
O coração dos humildes
Que na paz do seu silencio
São desprezados sobre o chão
Outrora pisados pelos audazes
Nos vales do horizonte
De loucura e perdição.

Alma de Solidão

Inspiração do vazio
Escondido em um cheio
De escuridão e sofrimento
Angustia de ter dor
Sofrer por saber que amo
Tive e perdi
Chorei e lamuriei
O abandono do amor
Da perda e da lágrima
Do olhar rasgado do nada
Suplico a mim
Que nada te dói
Mas tudo é angústia
Do saber o que ter
E nunca perder
Perdoa coração por te abandonar
Nesta dor que não é tua…

A Personagem

Acordei sozinho na minha dor
Sinto um vazio na alma
Levanto-me sem vontade
Observo o meu rosto no espelho
Olho o reflexo da solidão
Vejo meu olhar apagado
Sinto o olhar d’uma vida acabada
Sou apenas aquela personagem sem guião
Sou o melhor amigo da noite
Noite dentro do meu coração
Dia que pisa este chão
No meu caminho vagueio
Por um amor que tanto anseio
Não sei quem tu és...
Apenas sei que existes!

Rasgo de Imaginação

É tarde e estou só
Escrevo frases vazias
Memórias de pó
Letras sombrias

Que não são minhas,
Mas encarnadas
São as farinhas
Que me são dadas

Para divagar no rasgo
Da minha imaginação
Que esmago
Dentro do meu coração

A Dança

Voar nas asas da imaginação
Sentir o vento no rosto
Atingir a perfeição,
Mas passar pelo gosto

Do caminho duro
Que encontro
Para ser puro.
Mas no além deslumbro

Que tenho de avançar
Mesmo que doa
Tenho de dançar
Pois a felicidade ecoa

Vitoria na Esperança

Corre com felicidade
Sente a emoção
Vive com facilidade
Luta com satisfação

Aprecia com alegria
Sonha com confiança
Deslumbra com magia
Sorri com esperança

Ganha com garra
Consegue com justiça
Segura a barra
Vence sem cobiça

Agua de Luz

O tempo amanhece
O sol ilumina
A luz aquece
A água cristalina

O rio corre
A montanha desce
A gota morre
O mar cresce

A vida ganha
O coração suspira
O amor apanha
A paixão inspira

Caminho Espinhado

Inspiro-me na ausência dela no mundo
Delato em simples palavras
Minha alma,
Alma de penumbra
Alma de angustia.

Levanto-me pra vida,
Vida de caminho espinhado
O mundo, derruba
O amor, rareia
A dor, serpenteia

O esplendor é triunfar,
Amar e dar
Sorrir e rir
Chorar...
E de novo tentar!

Alegria da Alma

Alegra o coração
Corre pela vida
Sorri de emoção
O tempo passa em corrida

Olha a felicidade
Suspira de virtude
Ri com amizade
Luta com atitude

Beija de carinho
Observa com ternura
Toca levezinho
Ama com loucura

Vontade...

Escuta…

É o meu coração que te chama,
Bate teu nome com fervor
Ele fala com o mundo quando te vê

Tem desejo de te sentir,
Vontade de te beijar
É loucura de se perder.

És a saudade do impossível
O meu viver, de não te ter…

Faz-me louco pra escrever
P'ra divagar pelo sonho
P'ra apenas enlouquecer..